《Bruxas da Noite》Capítulo 19 - O Primeiro Ataque
Advertisement
Como devem imaginar, após o meu encontro com as Bruxas da Noite nos jardins do Mosteiro de Tibães e de ver o exército que estavam a reunir, fiquei ansioso por discuti-lo com alguém. Como não queria que a minha família e amigos fossem expostos à existência daquele mundo paralelo ao nosso e aos perigos que daí pudessem advir, a primeira pessoa que me veio à cabeça foi Alice. Afinal, os da sua raça pareciam ser uns dos alvos das Bruxas da Noite.
Apesar de ser uma época de muito trabalho, no dia seguinte saí mal chegou o final do expediente e dirigi-me ao Bar das Fadas. O que tinha descoberto parecia-me demasiado importante para esperar.
Para minha surpresa, quando cheguei à pastelaria que servia de ligação entre o mundo à superfície e o bar subterrâneo, descobri que estava fechada. Espreitei para o interior e não havia sinais de que tivesse aberto nesse dia, até porque o correio estava amontoado atrás da porta. Ainda tentei bater à porta, mas ninguém respondeu.
A principal entrada para o mundo que existia debaixo de Braga estava fechada. Depois do que vira na noite anterior, comecei a ficar preocupado. Tentei acalmar-me dizendo a mim mesmo que a pastelaria podia estar fechada por diversas razões mais mundanas.
Felizmente, eu conhecia uma outra entrada. Não precisava de ficar a imaginar o que teria acontecido.
Fui para o carro, estacionado junto do meu escritório, e dirigi-me para o monte do Bom Jesus. Ao aproximar-me do meu destino, comecei a sentir alguma trepidação. A outra entrada ficava junto da Vila Marta, a casa dos Cerqueira. Não sabia até que ponto Henrique Cerqueira sabia do meu envolvimento na fuga dos trasgos que usava como escravos no vinhedo da família, mas não queria ser visto.
Felizmente, cheguei à moita que ocultava a segunda entrada sem encontrar ninguém.
Embrenhando-me na vegetação, cheguei à exígua caverna que dava acesso ao mundo oculto debaixo de Braga. Após alguns metros, onde a passagem começava a alargar, esperava encontrar um guarda, como na minha última visita, porém, não estava lá ninguém.
Advertisement
Confesso que achei aquilo estranho, até alarmante, mas continuei em frente , se bem que com mais cuidado. Teriam as Bruxas da Noite e as suas forças chegado ali?
Encaminhei-me para a estação mais próxima do “metro” que ligava as diferentes partes daquela cidade subterrânea. Quando lá cheguei, mais uma vez, não vi ninguém. Esperei.
Durante mais de meia hora, ali fiquei, na plataforma, mas não vi nem sinal de outros passageiros ou da criatura que fazia o papel de transporte. Comecei a pensar em ir a pé até ao Bar das Fadas, porém, não conhecia o caminho através dos túneis pedonais, pelo que continuei a esperar.
Passados mais vinte minutos em que não vi sinais de movimento, decidi arriscar e tomar o único caminho que conhecia: o túnel do comboio vivo.
Com a ajuda da pequena lanterna que andava sempre comigo, pois a enorme passagem não tinha qualquer fonte de luz, encaminhei-me para noroeste. Conforme avançava, mantive-me atento a qualquer ruído, não fosse o “comboio” passar e atropelar-me.
Durante mais de uma hora, ao longo da qual passei por várias outras estações, não vi nem ouvi nada de nota. O meu receio de que as Bruxas da Noite e o seu exército já ali tinham chegado aumentava, mas não havia qualquer sinal disso. Parecia que as criaturas que habitavam aqueles túneis tinham simplesmente desaparecido.
Finalmente, a lanterna iluminou algo que bloqueava o túnel. Aproximei-me com cuidado. Pouco depois, vi a sua cor castanha avermelhada e logo percebi que não se tratava de uma derrocada. Só quando cheguei junto do bloqueio é que descobri do que se tratava: a criatura que servia de “comboio”, morta. As suas centenas de delgadas pernas encontravam-se dobradas junto ao corpo, e a sua enorme e quase humana face ficara congelada numa expressão de terror e dor. À sua volta, jaziam pedaços de madeira e vidro partidos, destroços das cabines que levava às costas em lugar de carruagens.
Tinha agora a certeza de que algo acontecera, certamente o ataque das Bruxas da Noite que eu temia. Tinha chegado demasiado tarde para avisar os habitantes daqueles túneis. Mas talvez pudesse ainda prestar alguma ajuda. De qualquer maneira, não iria voltar para trás.
Advertisement
A criatura ocupava toda largura do túnel e mais de metade da altura, pelo que tive de trepar pelo seu corpo para chegar ao outro lado.
Assim que os meus pés voltaram a tocar o chão, iluminei a nova secção de túnel. O cenário era completamente diferente daquele que tinha visto até então. Corpos de criaturas de vários tamanhos e formas pejavam o chão, a maioria pertencente a raças que eu já tinha visto no Bar das Fadas. Alguns tinham marcas de queimaduras, mostrando que haviam sido mortos por chamas ou feitiços, mas a maioria parecia ter sido abatida por armas contundentes.
Perante aquela visão, considerei deixar os túneis, porém, achei que talvez ainda pudesse ajudar alguém e continuei em frente.
A cena repetiu-se ao longo do túnel, até que cheguei à estação seguinte. Aí, apareceram os primeiros corpos de ogres, duendes, ogrons e outras criaturas que eu sabia estarem ao serviço das Bruxas da Noite, embora em muito menor número do que os dos habitantes. Parecia que estes últimos tinham ficado encurralados no túnel devido ao corpo do “comboio” e sido massacrados.
Aquela era a estação que eu conhecia mais próxima do Bar das Fadas, pelo que deixei a vala onde o “comboio” em tempos circulara, subi para a plataforma e entrei nos túneis pedonais.
Nas passagens, não havia muitos corpos, mas todas as casas, salas e túneis sem saída tinham o chão coberto de habitantes locais mortos.
Finalmente, cheguei ao Bar das Fadas. A porta estava caída no chão, pelo que o que encontrei no interior não foi surpresa. Havia corpos por todo o lado, misturados com mesas, cadeiras e copos partidos. O balcão havia sido destruído e, com ele, a conduta que canalizava a água que os clientes costumavam beber. Como tal, esta agora escorria do teto diretamente para o chão, encharcando-o. O bar só não se encontrava inundado porque a água escoava por um buraco na base de uma das paredes.
Admiravelmente, a porta que dava acesso à pastelaria acima e, através desta, ao mundo da superfície, estava fechada. Apesar de estarem encurralados e perante uma morte certa, os clientes do bar não revelaram a sua existência ao mundo exterior.
Procurei entre os corpos por alguém que conhecesse. Duas das pessoas que me ajudaram a libertar os trasgos da quinta dos Cerqueira estavam entre as vítimas, mas Alice, o meu principal contacto e a pessoa daquele mundo que eu conhecia melhor, não. Tinha esperança de que se tivesse salvo, embora o mais provável fosse estar morta noutro canto qualquer daquele subterrâneo.
Ainda pensei em explorar mais um pouco, procurar sobreviventes ou até as Bruxas da Noite e os seus soldados, mas prontamente desisti dessa ideia. Nada do que vi indicava que houvesse sobreviventes naqueles túneis e, se os houvesse, estariam escondidos onde um simples visitante como eu nunca os encontraria. Por outro lado, as mortes pareciam já ter ocorrido há algum tempo e não vi nem ouvi nenhum sinal de que os assassinos ainda ali estivessem.
Fiz o caminho de volta para o exterior e para o carro. Só esperava que houvessem sobreviventes para sepultar os mortos.
Quando cheguei a casa, tive uma enorme discussão com a minha mulher. Tinha-me esquecido de avisar que ia chegar tarde para jantar e, como nos túneis não tinha rede, ela não me conseguiu contactar. Tive de inventar uma desculpa, pois não a queria expor ao estranho mundo que andava a explorar. Não ficou muito convencida, mas, pelo menos, acalmou-se.
Depois de jantar o meu já frio jantar e de ajudar a minha filha com os trabalhos de casa, fui para a cama. Essa noite pouco dormi. Não conseguia deixar de pensar que outros sítios as Bruxas da Noite iriam atacar e o que poderia fazer sem aumentar as suspeitas da minha mulher.
Advertisement
- In Serial112 Chapters
Touch
Touch is a story about a boy named James, and his friends: a group of young, superpowered people brought together by trauma; all trying, in their own ways, to come to terms with what that trauma means to them and who they want to be in response to it. This is a learning process, and mistakes are made, but they grow, learn, and adapt to these difficulties in ways that some might say only young people can. While it may look it at first, this is not intended as a sad story, merely an honest one. I wanted to make the characters human, and unfortunately, that means that difficulties hit them in very real ways through the story, but then again, they have some equally human moments of warmth between one another as they grow. Triggers: Explores the aftereffects and recovery process of sexual abuse, and some other forms of physical abuse. I like to think I avoided making it edgy, but you deserve to be informed. Some readers have told me that it can feel a bit too real at times. A bit too honest. If you like what you read, feel free to comment or review. I like the feedback. Or you can vote for Touch on TopWebFiction. Touch also now has both a Discord and a Patreon! Updates weekly.
8 310 - In Serial8 Chapters
The Three Realms
Immortals start playing their games from the shadows, something they haven't done in hundreds of years. Empires are rising and falling like never before in all three realms, and the dragons are pondering war. Gods are spotted more and old secrets are being revealed. Han always wanted to do more than just make swords in a smith in Amonis. Then he saved the life of a giant by accident, and he got exactly what he wanted. The Gazaarian Empire decided to conquer Amonis, and before he knows it, Han finds himself a pawn in a larger game- adventuring through faraway places, saving thousands, and battling mages of legend. Or running away from them, at least. ---- Updates at least once a week (with around 3K words), but more when I am free. Please leave comments and reviews, it'll help a ton. If you like epic fantasy with gods, magic, empires, adventures, many species etc with a great plot and a setting of gods manipulating everything for their own purposes, this is for you.
8 160 - In Serial8 Chapters
Charm [NamjoonxReader]
-=+[I guess everyone collects something]+=-If someone changes everything that is important to you, are they a sadist?Maybe not... Because apparently, they're your new best friend.
8 196 - In Serial18 Chapters
Eat me (erotic series #2)
Thea Villaflor and her fianceé Direck Zaragosa we're broke up because of one night mistake. Kahit ilang taon na ang lumipas ay mahal pa rin ni thea ang binata hindi niya magawang mag hanap ng ibang lalaking mamahalin niya ng higit kay direck. Ika nga ng matatanda kapag kayo ang para sa isa't isa kayo talaga kahit na anong pananakit ang gawin ng partner mo kung mahal mo mapapatawad mo. Mapapatawad kaya ni thea ang ating papa direck?
8 96 - In Serial14 Chapters
Bear trap (statehumans CalTex)
(This book has nothing to do with furries, otherkins, or irl therianthropes. Both by their own definitions and my own, we have nothing to do with each other. Keep being your weird selves just don't pretend I'm a part of those groups because I wrote this book with animal/human hybrids in it. Any comments trying to talk about furries or otherkins will be deleted because it makes me physically uncomfortable. Therians are ok tho because it's basically the fancy way to say people who have spirit animals)There are two races in this world, humans and therianthropes, which are humans with animal qualities, that can shapeshift into their animal counterpart. The therianthropes, once divided by predator and prey, joined together in hiding after the humans began to hunt therianthropes for sport. California, a young grizzly bear therianthrope, was always curious to see the world beyond the forest he and his people lived within. Texas, a young farmhand, always wanted to catch a therianthrope, believing it would make him the hero of his village after violent massacres and thefts had been performed on it, supposedly by therianthropes.But when these two young men's paths collide, secrets, strange new feelings, and a magical adventure turns everything they thought they knew about the others race upside down.Warnings:- statehumans- countryhumans - the country and statehumans are all kinda just mixed together. There is no obvious separation between state and country, they're all just people - guns- and ships- hunting - idk, vegans?- gay stuff- not super gory, but people do get hurt - maybe death
8 250 - In Serial3 Chapters
Unusual Occurrence
A universe hopping green been who travels through different anime to save the world. Helping those in need while also using the power he gains along the way.Watch as he gains tones of friends and a potential lover. (:I'm gonna add more tabs along the way! Plz give me ideas of what anime I should do next, but, do to me having not watched all the anime, I need time to watch so I can have a general idea of what's it about before writing.
8 67

