《UMA ESTÓRIA DANATUÁ (ficção - português)》OITAVA ERA - PARA UMA REUNIÃO
Advertisement
Quanto vale uma vida, qual o tamanho do valor que dá a um sorriso, a um olhar brilhando? Saiba que terá o mesmo valor e tamanho da sua alma.
O equinócio do inverno se aproximava. O mundo estava confuso entre o frio do inverno e a explosão de vida da primavera, confusão que se mostrava principalmente nos menores seres viciados em flores. Um desses, um pequeno e lustroso beija-flor, provavelmente atrapalhado por essa confusão ou por ver os cabelos em fogo de uma pessoa, passou zunindo perto da cabeça em chamas e se espatifou de encontro ao tronco rugoso de uma árvore. O pequeno pássaro caiu num baque inaudível no chão de folhas onde quase desapareceu entre as grossas raízes que, como veias lenhosas, cravava-se e desaparecia sob o solo. As pontas das asas, que se erguiam acima das folhas secas, tremeram dolorosamente, em profunda e abandonada agonia. Lentamente as asas foram se fechando, as patinhas se esticando para cima, até que por fim o bichinho se imobilizou em definitivo.
O curupira parou o feroz queixada e olhou onde tinha caído o pássaro, e constatou, pesaroso, que ele tinha morrido.
- Vamos, FuraTerra! – Adanu falou para o queixada. – Ainda não chegou o tempo para esse nosso amiguinho.
A floresta ficou em silêncio, emudecida por aquela voz que parecia o vento tocando as folhas e movendo os grossos troncos das árvores, quebrado apenas pelo som das passadas do queixada nas folhas caídas.
Adanu era um curupira muito, muito velho, mas ainda muito poderoso. Todas as florestas e seus bichos o adoravam. Ele cuidava deles há muito tempo, e seus cuidados eram cuidados carinhosos e gentis. Havia uma bondade, uma fina inteligência e uma firmeza que impressionavam. Ele era um dos poucos curupiras que tinham como constante companheiro um queixada, poderoso e de aspecto terrível. Ele tinha 1,80 mts de altura, musculoso, ombros e peito largos, braços e pernas grossos, rosto quadrado e forte, o que o fazia parecer erroneamente baixo. Diferente dos outros curupiras, ele não tinha todo o corpo coberto de pelos, mas apenas o peito, pernas e braços, e ostentava uma cabeleira negra e macia que descia até os ombros. Partindo do lobo frontal, sua tatuagem era uma fina linha que, após dar uma volta na orelha esquerda, descia pelo queixo, terminando no ombro direito, onde se ramificava como gravetos antes de desaparecer.
Advertisement
Desde que sua esposa fora morta por feiticeiros, longo tempo atrás, nunca mais se ligou fortemente com alguém, apesar do romance discreto que mantinha com a bela mãe-da-mata Itanauara.
O poderoso curupira, com o coração apertado de pesar, parou o queixada ao lado do pássaro. Com um movimento extremamente ágil desceu da fera. Com um joelho fincado no chão afastou com suavidade algumas folhas para os lados e, carinhosamente, apanhou o pássaro pintado de verde metálico, elevando-o bem à frente de seus olhos de fogo. Ficou por algum tempo observando-o, procurando qualquer sinal de vida. Ali não estava mais o pássaro, mas somente um diminuto corpo que logo se tornaria terra. Uma brisa tocou nos galhos das árvores mais próximas, enquanto sua tatuagem se tomava de uma brasa rosácea.
Adanu[1] encheu o peito em silêncio e soprou no pássaro.
Nada, constatou.
Com a face concentrada levantou-se e levou-o até o queixada chamado FuraTerra, postando-se à sua frente, as duas mãos com o pássaro aninhado esticadas à frente do corpo. Em voz pausada e cantada, baixinho proferiu um encanto numa língua estranha, só entendida pelas árvores e animais. FuraTerra se aproximou majestoso e resfolegou suavemente no pássaro; deu um pequeno grunhido e recuou alguns centímetros, a cara concentrada. De repente o pequeno corpo, aconchegado nas mãos do curupira, estremeceu e silenciou. Não demorou muito e estremeceu novamente, e mais uma vez. Então, como que por mágica, subitamente se agitou e alçou voo alguns poucos centímetros sobre a mão do ser, planando à frente do queixada e do curupira de cabelos e olhos de fogo. Havia um cumprimento, um agradecimento no movimento do corpo e da cauda. O curupira sorriu, FuraTerra resfolegou suavemente. O pássaro, com um pequeno zunido das asas arabescadas, partiu em grande velocidade, sumindo nas sombras da floresta.
Adanu, satisfeito, subiu no queixada, o fogo de sua tatuagem arrefecendo, até por fim se apagar.
Arrastando indolentemente os pés no chão continuou em direção ao burburinho da reunião, através do coração da velha floresta.
[1] Adanu, em linguagem dos povos senucidas, uma nação de pessoas guerreiras do norte, quer dizer: o último amigo.
Advertisement
- In Serial67 Chapters
Gura Gura no mi Cultivator
Bored with his life, an otaku who isnt fullfilled with his current life dies to the great Truck-kun. But that isnt the end , he transmigrated into a xianxia world with the power of a devil fruit.. And not just any devil fruit, its the fruit of the strongest man in the world in one piece. Ps. I just started being a writer, so if you have any reiviews, comments, or cirtiques then go for it. Ill take anything to improve my writing skills.
8 501 - In Serial81 Chapters
The Gates of Chaos Keep Opening and It's Getting Annoying.
Drade is in the wrong place at the wrong time, every time. And each time he gets caught up in a supernatural fight to the death, he walks away before things get serious."I just want to do what I came here to do. Once you've seen one magical fight that lays waste to the world but somehow manages to stay a secret to everyone, you've seen it all." -Drade
8 184 - In Serial18 Chapters
A Hero Among Monsters
A worker goblin in service of a Dread Lord wasn't expected to do much more than maintain the sprawling, underground Machines Works. Although he imagined doing more, Tad had long accepted that he'd likely end up an old man like his boss, Glum, happily toiling among the gears and cranks. When an enigmatic orc named Hohza suddenly recruits the pair of goblins into his War Party, their duties to the Dread Lord Withering Sorrows switch to battling dwarves, sprites, and elves. If Tad survives, he may get to experience a world wider than he'd ever dreamed ... which may be too much for everyone else! New chapters are posted weekly on Thursday mornings.
8 171 - In Serial11 Chapters
Song of Phoenix - Ordeal: Part 1
Kin and Nami set off from home to begin their people's coming of age Ordeal. Along the way they stumble upon a sinister plot and must set aside their own plans for the good of their people.
8 167 - In Serial115 Chapters
A Cursed Life.
In a continent ravaged by war between humans and magical beings, an orphan child has taken residence at the bastion of hope in the human kingdom. Though displaying incredible dexterity, his terrible luck pins him against foes he could not hope to defeat. A chance encounter with thugs leaves him stabbed and left for dead. With an intense desire to live, he awakens the innate and powerful darkness magic to bolster his life and take back what others have stolen from him. This chronicles his journey as he learns to harness his power, whether it is for good or evil, you'll have to read and find out. To everyone interested in this story, I have every intention to finish it, but chapters will be very slow since I am going to college. If my studies allow me any spare time I will update the story and write a new chapter.
8 186 - In Serial16 Chapters
Roadtrip Gay One Shots
*discontinued* Sexy/Cute short stories about the boys of roadtrip! boyxboy
8 101

