《Blue Stars ★ |R.L|》Capítulo 26 ★
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Quem sou para julgar Ária, se estou assim como ela estava ainda ontem: vendo filmes cor-de-rosa, chorando e pensando o quanto sou patética. Rafael me mandou umas sete mensagens me perguntando se eu estava bem, e o que teria acontecido comigo. Eu também não sei. Que surto idiota! Poderia ser, sei lá, a mãe dele... Aliás, o que eu também teria a ver com isso?
- Sara? - minha mãe abre a porta. - Ta tudo bem, filha?
Ela vê meu nariz inchado e meu rosto amassado, como se tivesse acabado de acordar de uma tarde de hibernação.
- Tô. - digo fungando o nariz e dando pause no filme.
Minha mãe pega a capinha do filme que estava jogada do meu lado.
- "Meu primeiro amor" ?- ela me encara confusa. - Você sempre odiou esses filmes... Minha bebê está apaixonada? - ela sorriu contente e maliciosa.
- Óbvio que não! - minha voz sai num grunhido estranho e forçado demais. - Quer dizer, eu acho que estou perto daqueles dias. Fico meio emotiva.
- Então a mamãe vai deixar minha mocinha com sua crise de TPM e vai trabalhar, tudo bem? - ela beija minha testa e me abraça.
Quando minha mãe sai pela porta eu bufo irritada. Eu tenho cara de estar apaixonada? Que droga!
Desligo o filme e vou pegar os cadernos de física pra me preparar para passar a aula de hoje, já que nem preciso dizer o quanto fiquei alheia á uma das aulas mais importantes de física. Joguei a mochila na cama e puxei o imenso caderno de vinte matérias. Abro o livro e pego uma caneta azul.
Olho as páginas e meu celular vibra. Deve ser Ária pedindo o dever de casa.
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Sarah, acho que você quer um tempo pra pensar também...e eu entendo. Quando precisar de um ombro amigo, estarei aqui.
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Putz, as mensagens do Rafael. Me esqueci completamente - que milagre.
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Foi mal Rafa, desculpa não ter respondido antes, eu tive alguns compromissos. Eu estou bem. Mas e você? Chegou bem?
Graças aos céus uma resposta! Sim, cheguei bem, obrigado. Mas o que foi que te deu em sair correndo daquele jeito?
Nada, não esquenta
a cabeça com isso não.
Foi algo que eu fiz?
Não Rafa,
fica tranquilo.
Foi paranóia só.
Paranóia? CÊ TA FICANDO LOUCA DE ESTAR ANDANDO COMIGO?
Não, tonto... rs.
Não foi nada, só ignora.
Tu precisa de um médico.
Vai te catar.
Tenho que estudar.
Nerd. Beijos.
Beijos ♥
♥
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Qual foi a dos corações? Ponho o celular de lado e pego a caneta da mesa e a batuco sob a apostila. Apoio minha cabeça na mão e suspiro, angustiada: a matéria que me dou melhor, parece agora grego. Me debruço sob o caderno e bufo. Por que raios eu fui ler essa mensagem?
- Sah! - João entra correndo no meu quarto. - Me empresta seu fone?
- Pega. - digo com a voz irritada e sem tirar a cabeça das folhas.
Ele percebe que estou estranha. Para ao meu lado, pega o fone e vai até a porta, porém dá meia-volta.
- Você tá bem? - João tem um jeito estranho de demonstrar preocupação.
Suspiro. Acho que pedir ajuda ao seu irmão mais novo não seria má idéia.
- Não...- levanto minha testa, e vejo ele me olhando preocupado. - Você pode conversar comigo?
Acho que João ficou meio arrependido de ter se preocupado.
- Claro...- ele se sentou na cama. - em que posso ajudar?
- Como você começou com a Victória? - pergunto me sentando ao seu lado.
- Como assim, "comecei"? - ele me olhou confuso.
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- Tipo, como é que eu posso dizer...quando você percebeu que gostava dela?
- Bom, eu vi o quanto ela era linda, charmosa, interessante, delicada. Foi um combo de qualidades que me fez ama-la.
- E isso foi rápido?
- Foi...quando eu a vi pela primeira vez e ela sorriu pra mim, eu sabia que era amor. - ele se deitou na cama. - Lógico, ela também percebeu isso em mim. Nós ficamos, e desde então, eu sempre soube que ela era minha garota.
- Você disse isso sobre a Priscilinha também! - o repreendo.
- Cara, a Priscila eram outros quinhentos. Eu tinha doze pra treze anos quando a gente se agarrava aqui em casa. Agora, eu amadureci. Eu realmente percebi quem eu amo, e quem realmente me faz bem.
- Aconteceu esse lance em mais ou menos quanto tempo?
- Uns dois dias.
- Sério?! - será que eu não sou a única louca ou é questão de genes?
- Sim Sarah! Quando é amor, acontece em um piscar de olhos...
- Pois é.
Um silêncio confortável ficou sob o quarto.
- Só isso? - ele diz sentando na cama.
- É, só...- sorrio tentando parecer
indiferente. Foi um pouco estranho conversar isso com meu irmão. Normalmente, os irmãos mais velhos tem esse tipo de conversa com os mais novos, e não o contrário.
- E você? - ele salta da cama. - Têm alguma coisa pra me contar?
João sabe quando estou segurando algo na garganta.
- Hipoteticamente falando?
- Sim. - ele ri.
- Tenho. - digo corada.
- Pois então diga! - ele se senta na minha cadeira da escrivaninha.
- E se uma garota hipotética se apaixonasse por uma garoto hipotético em menos de vinte e quatro horas, isso seria loucura? - pergunto olhando o chão.
- Nao... - ele responde indiferente.
- Ok. E se esse mesmo garoto hipotético também a amasse e eles vivessem uma coisa muito intensa, tipo, muuito intensa mesmo, isso seria errado?
- De forma alguma.
- E se esse garoto fosse muito famoso e a quisesse apenas como amiga?
- Ele seria um idiota.
- Mas e-
- Ou... ele acha que tudo aconteceu de forma precipitada e quer espairecer.
Parece que João Rafael é vidente, ou entendedor de hipóteses.
- Posso também te fazer uma pergunta hipotética? - ele me encarou risonho.
- Pode...
- Essa garota hipotética seria a Sarah? - uma risadinha se plantou no canto de seu lábio.
- Hipoteticamente falando?
- Sim.
-Não... seria uma Sarah hipotética. - respondo sorrindo.
- Certeza?
- Absoluta!
- E esse garoto hipotético?
- Rafael... Rafael Lange.
- E você já tentou falar com esse tal Rafael Lanche pra entender o lado dele?
- Primeiro que não é Lanche, é Lange. - digo rindo. - Segundo que sim, e ele me disse o mesmo que você.
- Olha, acredita nele. - percebi pelo olhar de meu irmão que ele estava sendo sincero. - Tente enxergar o lado dele.
- Vou tentar. - digo sorrindo.
- Agora eu vou deixar um pouquinho minha carreira filosófica e voltar pro PC.
- Vai lá João Bidu. - rimos da associação e ele foi embora.
Talvez Rafa tenha razão, talvez a Sarah hipotética e o Rafael Lanche tenham que dar um tempo pra espairecer. Talvez esse tempo seja bom... ou ruim.
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